Este livro procurou analisar a experiência de advogados públicos federais em teletrabalho compulsório no assessoramento jurídico a órgãos públicos federais durante a pandemia do Covid-19 em 04 unidades da Advocacia-Geral da União (AGU), em Brasília, Distrito Federal, de março de 2020 a março de 2022.
O estudo se limitou à percepção e práticas sobre o trabalho de assessoramento jurídico realizado em teletrabalho integral, no período de março de 2020 a março de 2022, por advogados públicos federais em cargos de gestão e assessoramento jurídico em 4 unidades da AGU.
Artigos científi cos sobre os efeitos do assessoramento jurídico em home office no isolamento social imposto pela pandemia do Covid-19 não são abundantes, dado que o fenômeno tem marco temporal muito recente em termos de publicações de estudos acadêmicos.
Como resultados da pesquisa, demonstrou-se a percepção de que a flexibilidade proporcionada pelo teletrabalho gera melhor qualidade de vida para o advogado público, mas é acompanhada de muitos desafi os. Para a administração, efi ciência proporcionada pelo teletrabalho deve atentar para o acompanhamento e apoio coletivo ao indivíduo. Indicativos de que o teletrabalho exige uma forte disciplina, separação de espaços e estrutura tecnológica. A reunião virtual é tida como preferida por maior parte dos participantes da pesquisa por ser mais objetiva. Na visão de alguns, a comunicação e a percepção de erros cognitivos fi cam prejudicadas nas reuniões on line, principalmente na matéria finalística.
As contribuições práticas estão em se entender a experiência vivida pelos advogados públicos federais em teletrabalho integral em decorrência do fechamento das repartições durante a pandemia do Covid-19 é importante para fi ns de comparação com outras realidades, seja em outras áreas do setor público, advocacias públicas de estados e municípios, bem como em atividades no setor privado.